A prática do planejamento urbano com base em métodos consistentes é hoje uma demanda para os grandes centros urbanos do país. Neste sentido o uso adequado de técnicas estatísticas para dados espaciais se faz necessário para subsidiar a tomada das decisões governamentais com bases mais objetivas. Um dos grandes desafios atuais é a compreensão da dimensão espacial dos processos sociais, assim como a dependência desses processos dentro do espaço urbano. Neste artigo é apresentada uma abordagem metodológica baseada no Índice de Qualidade de Vida de Curitiba (IQVC), com o qual através de índices de autocorrelação espacial, foi possível dividir a cidade em grupos homogêneos, indicando onde as melhores e piores condições de vida ocorrem, assim como também definir áreas prioritárias para a intervenção levando-se em conta o efeito da dependência espacial detectada. Tais resultados são de fundamental importância, em um processo de planejamento que visa diminuir os grandes contrastes sociais, dentro do limite urbano.